A discussão sobre produtividade transparente nunca esteve tão em evidência. Quando uma marca que se consolidou com home-office praticamente integral, como a Nubank, anuncia que vai exigir dois dias de trabalho presencial por semana a partir de julho de 2026 e três dias em janeiro de 2027, o alerta para gestores soa alto.
Segundo a Exame, essa virada marca uma mudança de cultura e recoloca em pauta o equilíbrio entre flexibilidade, engajamento e rendimento real da equipe. Por isso, vamos explorar o que aconteceu, por que isso importa e como aplicar o conceito de produtividade transparente para liderar esse tipo de transição sem desgaste.
O que está acontecendo no Nubank
Nos últimos anos, o Nubank operou com uma política amplamente flexível de trabalho remoto — com presença presencial mínima.
De acordo com o Tecnoblog, em 6 de novembro de 2025 o banco anunciou que, a partir de 1º de julho de 2026, cerca de 70% dos funcionários deverão comparecer ao menos dois dias por semana no escritório. Em seguida, a partir de 1º de janeiro de 2027, esse número subirá para três dias semanais.
A Gazeta Mercantil destacou que a justificativa do CEO David Vélez foi a necessidade de reconstruir laços e criatividade, que segundo ele “se enfraqueceram com o remoto prolongado”. O InvestNews complementou que a decisão busca fortalecer cultura e inovação dentro dos times.
Pouco depois do anúncio, o Click Petróleo e Gás reportou demissões de colaboradores que criticaram publicamente a medida — fato confirmado por comunicados internos e notas à imprensa.
Por que isso importa para seu negócio
Para gestores e tomadores de decisão entre 25 e 45 anos, o episódio é um exemplo emblemático do desafio de equilibrar cultura, produtividade e confiança.
- A cultura corporativa entra em xeque quando o modelo de trabalho muda.
- Produtividade vai além da presença física — depende de foco, alinhamento e clareza de objetivos.
- Transições mal conduzidas podem gerar turnover, queda de engajamento e ruído interno.
- Empresas que tratam produtividade de forma transparente e baseada em dados reduzem esses riscos.
O que significa “produtividade transparente”
A produtividade transparente parte de quatro pilares:
- Visibilidade sem invasão — métricas claras substituem suposições.
- Foco em resultados — o que importa é o impacto da entrega, não o local de execução.
- Clareza nos critérios — todos sabem como o desempenho é avaliado.
- Comunicação contínua — gestores e equipes ajustam o modelo conforme os dados.
Como aplicar a produtividade transparente na prática
1. Diagnostique a operação
Mapeie quanto tempo os times passam em tarefas críticas, interrupções e projetos colaborativos. Compare entregas em dias remotos e presenciais.
2. Comunique com dados
Apresente à equipe informações concretas: “nosso tempo produtivo médio caiu 12% em reuniões online, mas cresceu 18% em sessões presenciais”. A transparência reduz resistência.
3. Use tecnologia como aliada
O NeoCode Activities é um exemplo de ferramenta que viabiliza essa leitura sem ferir a privacidade:
- Mede tempo produtivo, neutro e de distração, sem capturar teclado, áudio, vídeo ou senhas.
- Gera relatórios de foco e cálculo de custos, mostrando quanto as distrações ou ausências impactam a operação.
- Entrega alertas automáticos e 13 tipos de relatórios para líderes entenderem como cada modelo (remoto, híbrido, presencial) afeta resultados.
4. Estruture políticas híbridas com base em evidências
Defina critérios claros para número de dias presenciais conforme: função, colaboração necessária, e impacto de foco. Avalie os resultados a cada trimestre.
5. Monitore e ajuste
Revisite indicadores de foco e engajamento, e associe-os à satisfação interna. Se o modelo presencial não entrega ganhos reais, reavalie.
Desafios e cuidados
- Evite o “presencialismo simbólico”: estar no escritório sem gerar valor.
- Adote o monitoramento como ferramenta de apoio, não punição.
- Garanta que colaboradores saibam como os dados são usados.
- Preserve o equilíbrio entre desempenho e bem-estar — algo que o Nubank também alegou buscar.
Segundo o InvestNews, a fintech pretende “reforçar o senso de comunidade” com a volta parcial ao escritório — um objetivo legítimo, mas que depende de métricas transparentes para funcionar.
Lições para gestores
- Cada modelo deve ser mensurado em ROI de tempo: quanto cada hora presencial agrega ao resultado?
- Decisões baseadas em dados reduzem a carga emocional da mudança.
- Ferramentas de Desktop & Process Analytics como o NeoCode permitem testar cenários e comprovar, com números, o que mais faz sentido.
Esses aprendizados alinham-se ao princípio da produtividade transparente, transformando um debate polêmico em oportunidade de evolução de gestão.
Conclusão
A mudança do Nubank sinaliza que o futuro do trabalho não é, portanto, puramente remoto nem inteiramente presencial: é orientado por dados, transparência e cultura.
Gestores que adotam produtividade transparente conseguem tomar decisões equilibradas entre bem-estar e performance, e assim, evitando tanto o controle excessivo quanto a falta de visibilidade.
Para empresas que desejam avaliar o modelo ideal de trabalho sem perder clareza, o NeoCode Activities oferece relatórios objetivos, gestão de foco e cálculos de custo-benefício que, portanto, sustentam decisões estratégicas de retorno híbrido.












